10/06/2011

ÉTICA


[Próprio da natureza] Principio de conduta que levam em conta apenas o relacionamento do individuo com o habitat natural. Desconsidera as legislações reveladas e sistematizada."

A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”.(VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7) Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:

1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;
2. Ética é permanente, moral é temporal;
3. Ética é universal, moral é cultural;
4. Ética é regra, moral é conduta da regra;
5. Ética é teoria, moral é prática.Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos costumes.

Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas.Vários pensadores em diferentes épocas abordaram especificamente assuntos sobre a ÉTICA: Os pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores Cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinosa, Nietzsche, Paul Tillich etc.Passo a considerar a questão da ética a partir de uma visão pessoal através do seguinte quadro comparativo:

A origem da palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram o “ethos” grego, para o latim “mos” (ou no plural “mores”), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral. Tanto “ethos” (caráter) como “mos” (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.No nosso dia-a-dia não fazemos distinção entre ética e moral, usamos as duas palavras como sinônimos. Mas os estudiosos da questão fazem uma distinção entre as duas palavras. Assim, a moral é definida como o conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. A moral é normativa. Enquanto a ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que busca explicar, compreender, justificar e criticar a moral ou as morais de uma sociedade. A ética é filosófica e científica.

“Nenhum homem é uma ilha”. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus, ajuda-nos a compreender que a vida humana é convívio. Para o ser humano viver é conviver. É justamente na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto um ser moral e ético. É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como comportar-me perante o outro? Diante da corrupção e das injustiças, o que fazer?Portanto, constantemente no nosso cotidiano encontramos situações que nos colocam problemas morais. São problemas práticos e concretos da nossa vida em sociedade, ou seja, problemas que dizem respeito às nossas decisões, escolhas, ações e comportamentos - os quais exigem uma avaliação, um julgamento, um juízo de valor entre o que socialmente é considerado bom ou mau, justo ou injusto, certo ou errado, pela moral vigente.

O problema é que não costumamos refletir e buscar os “porquês” de nossas escolhas, dos comportamentos, dos valores. Agimos por força do hábito, dos costumes e da tradição, tendendo à naturalizar a realidade social, política, econômica e cultural. Com isto, perdemos nossa capacidade critica diante da realidade. Em outras palavras, não costumamos fazer ética, pois não fazemos a crítica, nem buscamos compreender e explicitar a nossa realidade moral.No Brasil, encontramos vários exemplos para o que afirmamos acima. Historicamente marcada pelas injustiças sócio-econômicas, pelo preconceito racial e sexual, pela exploração da mão-de-obra infantil, pelo “jeitinho” e a “lei de Gerson”, etc, etc. A realidade brasileira nos coloca diante de problemas éticos bastante sérios. Contudo, já estamos por demais acostumados com nossas misérias de toda ordem.

Naturalizamos a injustiça e consideramos normal conviver lado a lado as mançôes e os barracos, as crianças e os mendigos nas ruas; achamos inteligente e esperto levar e os mendigos nas ruas; achamos inteligente e esperto levar vantagem em tudo e tendemos a considerar como sendo etário quem procura ser honesto. Na vida pública, exemplos é o que não faltam na nossa história recente: «anões do orçamento”, impeachment de presidente por corrupção, compras de parlamentares para a reeleição, os medicamentos "b o", máfia do crime organizado, desvio do Fundef, etc. etc. Não sem motivos fala-se numa crise ética, já que tal realidade não pode ser reduzida tão somente ao campo político-econômico. Envolve questões de valor, de convivência, de consciência, de justiça. Envolve vidas humanas. Onde há vida humana em jogo, impõem-se necessariamente um problema ético. O homem, enquanto ser ético, enxerga o seu semelhante.

Os valores éticos são os pilares de toda sociedade. Qualquer vida em comum precisa ser orientada por princípios que conduzam ao bem-estar e à felicidade de todos. Os conceitos de justiça, verdade, solidariedade estão todos baseados em um solo comum: a ética.A temática da ética e da moralidade humana e de construção de valores pessoais socialmente justificados não tem sido muito valorizada em nossa sociedade e até mesmo na estrutura de nossas escolas. De maneira indireta, consciente ou inconsciente, as escolas trabalham valores com seus alunos e alunas, mas isso vem sendo feito de forma desarticulada, incipiente e, de fato, com base nos valores de cada grupo ou de cada professor. Isso se torna problemático, já que os valores de um determinado grupo ou de um determinado indivíduo podem não estar de acordo com os interesses gerais da sociedade. É o caso, por exemplo, da defesa de valores discriminatórios por parte de algumas pessoas.

Será que tem alguém preocupado com a ética no Brasil?

"O homem, quando perfeito, é o melhor dos animais, mas é também o pior de todos quando afastado da lei e da justiça, pois a injustiça é mais perniciosa quando armada, e o homem nasce dotado de armas para serem bem usadas pela inteligência e pelo talento, mas podem sê-lo em sentido inteiramente oposto. Logo, quando destituído de qualidades morais, o homem é o mais impiedoso e selvagem dos animais". Isso quando falta ética e moral. Zenildo Coutinho

FILOSOFIA

Do gr. Filis, amor, amizade + Sofia, sabedoria] O objetivo primordial da filosofia é, com base na razão, discutir os problemas da vida. Neste labor, lança mão única e exclusivamente da luz natural que o ser humano adquire da consciência, das forças da natureza e do confronto entre as diversas visões de mundo.

A filosofia,em si, não representa nenhuma afronta a Deus.É a penas um dos meios deixados para o criador para que o homem o reconheça como o senhor e sustentador de todas as coisas.As ferramentas oferecidas pela filosofia, como a lógica, por exemplo, servem-nos para estudar melhor os mistérios divinos. Haja vista a teologia sistemática e a homilética. Ambas as disciplinas são dividas e agrupadas seguindo os rigores que nos ensinam filósofos como Aristóteles.neste particular, não passa a filosofia uma serva da teologia.essa é a rainha das ciências, pois o seu objeto não é a luz natural, mas aquela luz pleníssima que, nascida de Deus, já enche o mundo todo. No entanto, se a filosofia se presta a desacreditar o conhecimento divino, deve ser tida como deletéria e prejudicial. Aliás, não reste ao saber do Ser Supremo.

O que dizer do confronto havido no areópago? O apostolo provou aos filósofos epicureus e estóico que a revelação divina acha-se acima de todos os postulados humanos.Filosofia da religiãoTem com principal objetivo a pesquisa da origem, dos fundamentos e das finalidades da crença religiosa.Filosofia teístaFilosofia que, entre os seus objetos de estudos acha-se também a crença no Supremo. A filosofia grega, de forma geral, admite a crença em Deus. Haja vista Aristóteles, que o considerava como o motor primeiro do Universo.Tais conclusões, todavia, necessitam passar pelo crivo teológica, em conseqüência de suas distorções oriundas de mentes que, via de regras que não admitiam a possibilidade de um conhecimento revelado. Mentes para as quais a razão é uma divindade.Mas a razão não é divindade; é um instrumento para se descobrir a real presença de Deus.

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